O Pensador

sábado, 30 de março de 2013

Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa





Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa

publicado em 29 de março de 2013 às 20:32

por Luiz Carlos Azenha
Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.
Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.
Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.
Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.
Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.
Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.
Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.
Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.
Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.
Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.
No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.
Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.
Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.
Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.
Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.
Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.
Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.
O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.
Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.
Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?
O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.
Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.
Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.
Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão — entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.
Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.
E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo.
Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.
Eu os vejo por aí.
PS do Viomundo: Vem aí um livro escrito por mim com Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo, além de retratar tudo o que vocês testemunharam pessoalmente em 2010 e 2012.
PS do Viomundo 2: *Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira.
Leia também:
Justiça conclui que Ali Kamel não manda na Globo

quarta-feira, 27 de março de 2013

ANISTIA DECIDE JULGAMENTO POLÍTICO





Posted: 26 Mar 2013 10:12 AM PDT
STF não é autoridade competente para decisões políticas e esse julgamento – AP 470 – foi, escancaradamente, político
 
Então, FB (facebook), tava aqui pensando que, ontem (25/03/13), no lançamento do livro do Paulo Moreira Leite, promovido pelo Sindicato dos Advogados do RJ, um juiz estava explicando sobre a maneira mais fácil e rápida de resolvermos esse imbróglio da AP 470, ou melhor, a falácia do Mensalão. Anistia, por parte do Poder Executivo, aos condenados pelo STF.
Se, por um lado, é bem verdade que decisão judicial não se discute, cumpre-se, por outro, tb é verdade que esse julgamento foi, escancaradamente, político.
Ora, a última palavra em termos judiciais é do STF, mas a autoridade política suprema do país, não é o STF.
Portanto, se a questão é política, como o julgamento deixou claro, o problema está resolvido.
O STF segue fingindo que é técnico e a gente segue fingindo que vai cumprir sua decisão.
Ao fim e ao cabo, como a decisão é política e o STF não é autoridade competente para decisões políticas, a presidente anistia todo mundo e vamos ver como é que fica.
O confronto, se o medo é esse, já está posto, faz tempo. A guerra não é com o STF, como lembrou muito bem, o jornalista, Jânio de Freitas, tb no lançamento. A grande promotora desse julgamento é a mídia velha.
O STF não apita nada, quem decide são esses grupos, que teremos que enfrentar, mais cedo ou mais tarde. O que está em jogo é quem será o dono da voz da sociedade, ou bem nossa voz fica conosco ou bem fica com a mídia velha.
O que se tenta com esse julgamento é, por força de decisão judicial, entregar nossa voz, aos grupos de comunicação de sempre, que, usam nossas vozes para atingir seus objetivos. Esse confronto, sociedade X mídia velha, é inadiável, sabemos que os poderes desses grupos começam, exatamente, onde imaginamos que eles acabem, ou seja, nas poltronas dos seus executivos.
Essas figuras são apenas, as cabeças, dentro do País, dessas organizações. Parecem peixes enormes para nós, mas são sardinhas dentro das organizações das quais fazem parte.
Os nomes que aprendemos a reverenciar como grandes nomes das empresas de comunicação brasileiras, não passam de testas de ferro para a implementação de políticas estranhas aos interesses da Nação.
Vivemos num momento em que não só o Brasil, como grande parte da América Latina está fechada em torno de um projeto comum.
Se temos que fazer esse enfrentamento, que seja, agora.
Cristiana Castro – RJ

TODO JULGAMENTO TEM UM CONTEÚDO POLÍTICO












TODO JULGAMENTO TEM UM CONTEÚDO POLÍTICO

Posted: 26 Mar 2013 10:25 AM PDT


Brilhante a explanação do Juiz Rubens Casara!

A abordagem sobre a isenção e neutralidade e a vulnerabilidade do judiciário as pressões da mídia foi corajoso e realista!

Rita Mota - RJ

O Clube dos Advogados, no Centro do Rio, recebeu nesta segunda-feira (25) um bom público para ver o debate sobre a Ação Penal 470, o Mensalão, que teve como principais debatedores os jornalistas Paulo Moreira Leite e Janio de Freitas.



O evento, organizado pelo Sindicato dos Advogados, teve como base o livro de Moreira Leite, “A outra história do Mensalão – as contradições de um julgamento político”, um dos mais vendidos atualmente do país.

O debate foi moderado pelo presidente do Sindicato, Álvaro Quintão, e também contou com o juiz do Tribunal de Justiça do Rio, Rubens Roberto Rebello Casara; e os deputados federais Luiz Sérgio (PT/RJ) e Nazareno Fonteles (PT/Piauí).

Fazendo a primeira fala, Fonteles falou das dificuldades encontradas por ele para implementar a proposta de emenda constitucional de sua autoria que permite ao Congresso Nacional sustar decisões do STF, se entender que sua competência legislativa está sendo usurpada ou violada. O deputado também falou das iniciativas de deputados para regular a mídia.

Em seguida, falou o magistrado Casara, que é da diretoria da Emerj. Ele afirmou que “todo julgamento é político”, e criticou o perfil extremamente conservador da maior corte do país. “É incompreensível que o partido de esquerda que está no poder tenha indicado juízes tão conservadores”, afirmou Casara.

Ele fez a constatação do seguinte perigo: “Se o julgamento foi um tribunal de exceção, esta decisão vai se espalhar pelas demais cortes de instâncias inferiores”.

Janio de Freitas quer que o povo debata o poder da mídia:

O jornalista da Folha de São Paulo, Janio de Freitas, que escreveu o prefácio de “A outra história”, afirmou que “existe um núcleo na imprensa insatisfeito com os rumos que a mídia tomou na cobertura do Mensalão”. Janio criticou as iniciativas isoladas de regular a mídia, que para ele são ineficazes: “Toda a sociedade tem que discutir o poder da mídia”.



O deputado Luiz Sérgio lembrou que o “julgamento não acabou” e pediu apoio à reforma política que vem sendo discutida pelo Congresso e que tem como principal proposta o financiamento público de campanha.

Antes de passar a palavra ao autor do livro sobre o Mensalão, o presidente do Sindicato, Álvaro Quintão citou algumas personalidades presentes ao debate: o cineasta Luiz Carlos Barreto; o presidente da Comissão da Verdade do estado e ex-presidente da OAB/RJ, Wadih Damous; o presidente da CUT/RJ, Darby de Lemos Igayara; o presidente do Sindicato dos Bancários, Almir Aguiar; e o deputado estadual Robson Leite.

Paulo Moreira Leite iniciou seu discurso com a afirmação de que a imprensa realmente “colocou a faca no pescoço do Supremo”. Para Moreira Leite, o que estava em jogo não era só uma questão jurídica, mas o julgamento político do “governo mais popular da história do país”.

“Houve erros crassos no julgamento; houve condenações políticas também”, disse Moreira Leite.

O jornalista alertou que os “cidadãos têm que ficar atentos para a judicialização do poder político no Brasil”. E o julgamento do Mensalão teria sido um passo importante nessa linha política da direita. Leite também disse que a mídia vem há anos criminalizando os políticos de todas as formas. O Julgamento da AP 470 foi mais um ato dessa criminalização.

“A boa notícia”, para o jornalista, é que a sociedade, mesmo com todo o bombardeio midiático contra o governo, não se guia mais pela “tal opinião pública”. O povo brasileiro, para Moreira Leite, “felizmente não sofreu um impacto grande com a cobertura do Mensalão feita pela imprensa e continua apoiando o governo de Dilma”. A prova disso, para o debatedor, é que nas eleições municipais do ano passado, mesmo com o julgamento ocorrendo junto da campanha eleitoral, os partidos da base da presidente Dilma tiveram uma vitória arrasadora.

Em seguida, foi aberto o debate para perguntas do público e depois ocorreram as considerações finais.

Álvaro informou que o Sindicato pretende fazer uma publicação com o texto completo do debate.

Ao final, Paulo Moreira Leite e Janio de Freitas autografaram os livros para os leitores presentes.

http://www.sindicatodosadvogados.com.br/index.php?p=detalhePublicacao&id=1084


Datafolha: PT continua sendo o partido mais querido pelo povo brasileiro




26/03/13 - 08h26
Datafolha: PT continua sendo o partido mais querido pelo povo brasileiro

Pesquisa aponta ainda que 47% dos pesquisados consideram que o PT ajuda muito ao Governo.


Levantamento feito pelo Instituto Datafolha, divulgado no último fim de semana, revelou que 55% da população brasileira faz uma avaliação positiva da contribuição do Partido dos Trabalhadores ao governo da presidenta Dilma Rousseff. A pesquisa revelou também que 72% dos pesquisados consideram o governo petista como sendo bom.
Além disso, o estudo apontou que o partido, mais uma vez, mantém a preferência junto ao eleitorado brasileiro. O PT é o mais querido para 29% da população, contra 7,5% do PMDB e 4,5% do PSDB.
Para o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE) os altos índices de aceitação do Partido dos Trabalhadores tem significado extraordinário, pois é o partido que dá sustentação política ao governo Dilma. “O PT faz bem ao governo e ao País para mais de 50% da população. É o partido que é mais comprometido com aquilo que é a matriz programática do governo: a defesa dos pobres. Portanto, o PT está umbilicalmente ligado a este legado vitorioso iniciado com o presidente Lula e que tem continuidade agora com a presidenta Dilma”, ressaltou José Guimarães.
O líder petista destacou ainda a importância do PT nos resultados da pesquisa Datafolha e que aponta o governo Dilma com índice de aprovação recorde.  A pesquisa revela que 59% dos brasileiros consideram a gestão ótima ou boa.
“Os altos índices de aceitação da presidenta Dilma devemos principalmente pela confiança. A sensação de bem estar da população brasileira, que é uma sociedade que se auto afirma a cada dia exatamente como resultado das políticas públicas desenvolvidas pelo governo Dilma, políticas macroeconômicas que signifiquem cada vez mais crescimento com distribuição de renda. E o PT tem participação importantíssima neste processo”, afirmou Guimarães.
E esta autoconfiança da sociedade brasileira, acrescentou o líder do PT, “é importante, sobretudo, para desfazer este permanente ataque daqueles que todo dia ficam torcendo para que o governo não dê certo. O governo Dilma tem rumo, está dando certo e vai dar ainda mais certo daqui para 2014”, frisou Guimarães.
Mais dados
A pesquisa aponta ainda que 47% dos pesquisados consideram que o PT ajuda muito ao Governo. Com relação ao questionamento se o desempenho da administração do PT nos últimos dez anos era bom ou ruim, além dos 72% que avaliaram positivamente a gestão petista, apenas 13% classificaram de ruim e 9% dos entrevistados manifestaram-se como indiferentes.
Para os deputados paulistas e ex-presidentes do PT, José Genoino (2003-2005) e Ricardo Berzoini (2005-2010), a presença marcante do partido no governo Dilma, avaliada positivamente pelos pesquisados, serve para orientar o PT e mostra seu papel fundamental ao longo dos 10 anos à frente da administração federal. “O protagonismo do partido é essencial para garantir a continuidade do projeto e a governabilidade”, avaliou Genoino.
Para o deputado Berzoini, a população brasileira identifica o PT como um fator de “estabilidade” e “avanço”, tanto no governo do ex-presidente Lula como, agora, no governo Dilma. “A população, ao avaliar o governo, percebe que por trás desse governo existe um partido que tem uma história de luta, de mobilização, de defesa dos mais pobres e isso acaba se refletindo não só na aprovação do governo, mas na percepção de que o PT ajuda o governo a avançar”, enfatizou Ricardo Berzoini.
Ainda de acordo com Berzoini, a preferência de 29% dos entrevistados pelo Partido dos Trabalhadores, confirma que o PT é o partido mais querido do Brasil. Esse índice, explica o parlamentar, o PT vem conquistando desde o segundo mandato do governo Lula. “A preferência do eleitorado brasileiro pelo PT oscila entre 25 e 30%, bem distante do segundo colocado que é o PMDB”, observou.
(Equipe PT na Câmara)

terça-feira, 26 de março de 2013

PSDB precisa 'de povo', diz ex-presidente FHC




TERÇA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2013

PSDB precisa 'de povo', diz ex-presidente FHC


Acabo de ler que FHC pede um banho de povo para o PSDB. A viagem de Serra aos Estados Unidos prova que não existe sequer unidade interna no ninho tucano. Vai ser difícil, nesta situação, acontecer o tão sonhado banho de povo acalentado pelo ex-presidente.


Da Folha de São Paulo
Em evento que contou com a participação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), cotado para ser o candidato tucano à Presidência em 2014, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse na segunda-feira (25) que o PSDB precisa de "um banho de povo".
"Eu andei muito por São Paulo todo com o [Franco] Montoro. O Montoro falava pouco e direto: um, dois, três. A mensagem tem que ser simples, tem que ser direta e tem que pegar a população. O PSDB precisa é de um banho de povo. Nós precisamos é de povo", afirmou, em discurso no evento do partido em São Paulo que chancelou a eleição Aécio para a presidência da sigla, em maio.
Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso discursa ao lado de Geraldo Alckmin e Aécio Neves em evento, em São Paulo

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso discursa ao lado de Geraldo Alckmin e Aécio Neves em evento do PSDB, em São Paulo 

FHC, principal cabo eleitoral de Aécio, fez críticas ao governo do PT e disse que o PSDB sabe "governar muito melhor do que eles". "Eles têm uma propaganda brutal. E fizeram uma coisa que é contra a democracia, juntaram o governo, o Estado e o partido. Os três falam a mesma voz, têm o mesmo maestro e o mesmo marqueteiro", pontuou."E não é só isso não. É preciso ter o sentimento da rua. Nós dissemos logo do início, quando fizemos o governo do PSDB, dissemos que era preciso escutar o eco surdo das ruas. Outra vez agora, o Brasil precisa tomar decisões importantes", continuou o ex-presidente. FHC aqueceu o palanque paera Aécio, que fez do evento sua aparição mais forte até hoje como nomo do partido para a eleição presidencial em 2014.
"Agora, vai ver nas filas do SUS, se eles são bem tratados? Vai ver na escola se o professor ganha direito. Nós temos que falar é com esse povo sofrido", finalizou FHC.

Lula nos 91 anos do PCdoB: 'Não somos apenas aliados, somos companheiros'

Os Amigos do Presidente Lula 


terça-feira, 26 de março de 2013

Lula nos 91 anos do PCdoB: 'Não somos apenas aliados, somos companheiros'

Na segunda-feira (25), o presidente Lula participou da comemoração dos 91 anos do PC do B ao lado do presidente nacional da sigla, Renato Rabello, e outras lideranças políticas de vários partidos. 

A solenidade foi na Câmara de Vereadores de São Paulo, proposta vereador Orlando Silva (PCdoB).

Em seu discurso, Lula destacou que “não foram poucas as lutas que o partido promoveu ou apoiou” e que elas resultaram em avanços importantes para o país. Ele destacou ainda a confluência de objetivos entre o ele e o PCdoB: “não temos apenas interesses em comum – temos os mesmos compromissos de vida”.

Eis à integra do discurso:

"Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar o PCdoB que nesses 91 anos de trajetória em muito contribuiu para grandes realizações do povo brasileiro. Neste período, não foram poucas as lutas que o partido promoveu ou apoiou, e tenho certeza de que elas resultaram em avanços significativos para a democracia e a soberania nacionais.

Ao longo de sua história, este partido deu ao país inesquecíveis combatentes da liberdade e da justiça, como João Amazonas, Pedro Pomar, Maurício Grabois e Elza Monerat, entre tantos outros homens e mulheres admiráveis.

O PCdoB se consolidou como um partido importante na vida brasileira. Com vigorosa presença nas organizações da juventude, dos trabalhadores urbanos e rurais, das mulheres e em vários outros movimentos sociais. Com atuantes bancadas parlamentares e reconhecidas experiências de gestão municipal. Com uma contribuição marcante aos governos estaduais progressistas e, desde 2003, uma participação notável no governo federal.

Tenho laços de profunda amizade com os dirigentes e militantes do PCdoB. Não somos apenas aliados, somos companheiros. Não temos apenas interesses em comum – temos os mesmos compromissos de vida, as mesmas causas históricas. Entre nós, mais do que respeito, existe confiança, construída durante trinta anos de lutas e esperanças compartilhadas. E existem afeto e carinho, tão importantes na vida de cada um de nós.

A parceria estratégia entre PCdoB, o PT e os demais partidos da base aliada do Governo Federal tem permitido que grandes avanços sejam conquistados em nosso país. Nestes 10 anos de governos democráticos e populares, consolidamos um modelo de governo onde o povo é o ator principal. Tiramos milhões de pessoas da miséria, criamos empregos, reposicionamos o Brasil no cenário internacional e continuamos trabalhando para avançar cada vez mais. O papel do PCdoB nesse processo foi, tem sido e, tenho certeza que continuará sendo fundamental;

Agora também na Prefeitura de São Paulo, o PCdoB tem sido um importante aliado para começarmos a mudar a cara da gestão desta cidade que, durante tanto tempo, esteve a serviço apenas de uma minoria. Tenho certeza que a administração do prefeito Fernando Haddad e da vice-prefeita Nádia Campeão, que concretiza essa aliança, trará melhorias significativas à vida do povo de São Paulo.

Parabenizo ainda meu amigo Orlando Silva, que foi nosso ministro do esporte e agora assume a presidência do PCdoB no estado de São Paulo e o companheiro Jamil Murad, que assume a presidência municipal do partido.

Amigos e amigas, termino lembrando que aniversários são datas comemorativas muito importantes não apenas para celebrar o que foi feito como também para projetar o que está por vir. Muito fizemos pelo Brasil nos últimos anos e hoje temos um país que alcançou um patamar nunca antes imaginado. Mas ainda há muito a ser feito. O caminho para que o povo brasileiro viva com dignidade plena ainda é longo. A manutenção da nossa parceria, da nossa sintonia em torno de um objetivo comum é fundamental para que nossos objetivos sejam alcançados.

Parabéns aos dirigentes e militantes do PCdoB. Parabéns a todos os homens e mulheres que lutam pela emancipação do povo brasileiro", finalizou seu discurso.

Aliança entre Aécio Neves e Eduardo Campos é negociada por Cunha Lima




Aliança entre Aécio Neves e Eduardo Campos é negociada por Cunha Lima

26/3/2013 11:57
Por Redação - de São Paulo

Cunha Lima e Eduardo Campos conversam, em recente encontro na capital pernambucana
Cunha Lima e Eduardo Campos conversam, em recente encontro na capital pernambucana
Uma vez consolidada a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à direção do partido e, ato seguinte, ao Palácio do Planalto, em uma disputa direta com a atual presidenta, Dilma Rousseff, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ganha peso específico na disputa. Na tentativa de atrair o Partido Socialista Brasileiro (PSB) para o campo da direita, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) foi destacado pela Executiva Nacional dos tucanos como eventual negociador de uma aliança, em âmbito nacional, entre os dois presidenciáveis, com vistas às eleições de 2014. Cunha Lima tem livre trânsito junto aos dois líderes, não é de hoje.
Em entrevista a uma rádio de Campina Grande (PB), o senador paraibano adiantou que “essa composição não ocorreria inicialmente, logo no primeiro turno, mas em um possível segundo turno”. Ainda à Rádio Caturité, Cunha Lima defendeu a aproximação de ambos, sob o ponto de vista meramente eleitoral, sem qualquer viés ideológico.
– Os dois devem conversar. A candidatura de Aécio mexe com um importante colégio eleitoral, Minas Gerais, onde o PT sempre ganhou nas últimas eleições, mas a tendência é que Aécio ganhe em Minas. A candidatura de Eduardo Campos mexe muito com o Nordeste, onde o PT e Dilma sempre tiveram bases sólidas, apesar de todas essa pesquisas recentes apontando o elevado índice de aprovação da presidenta. Tenho certeza que ela não terá a mesma densidade eleitoral se esse descaso e abandono com o Nordeste continuar – afirmou.
Na noite passada, Aécio Neves obteve a aprovação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para ser o candidato único à presidência do PSDB, etapa importante, segundo aliados do político mineiro, para consolidar sua candidatura ao Planalto, no ano que vem. A declaração de apoio ocorreu em um evento do diretório estadual do PSDB na capital paulista, do qual participaram os principais nomes do partido no país (com exceção do ex-governador José Serra), numa tentativa de mostrar unidade na legenda visivelmente dividida.
Clima de campanha
Neves foi recebido, na noite passada, por caciques tucanos de São Paulo, em clima de festa, na sede do diretório estadual do partido. Ele chegou acompanhado do governador paulista, Geraldo Alckmin, poucos minutos depois do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). O ex-governador José Serra, que estaria de saída do PSDB devido à perda de espaço para Aécio, não compareceu, sob pretexto de que já havia marcado viagem para os EUA na mesma data. Em seu discurso, Alckmin foi claro sobre seu apoio ao senador mineiro para presidir a legenda, já a partir da convenção que foi marcada para maio deste ano, após uma série de adiamentos.
– Que que você, Aécio, assuma a presidência do PSDB, percorra o Brasil, ouça o povo brasileiro, fale ao povo e una o PSDB – discursou o governador paulista.
Em conversa com jornalistas, durante o evento, Aécio foi cauteloso ao afirmar que será o candidato escolhido pela legenda:
– Ainda não está na hora. Não é uma questão individual, é uma decisão que o partido vai tomar na hora certa.
Presidente do partido no Estado, deputado Pedro Tobias, no entanto, não foi assim tão cuidadoso:
– A militância quer lançar candidato já.
Adversário histórico de Serra no PSDB, o secretário Estadual de Energia do governo Alckmin, José Aníbal, perguntado se Aécio será o candidato a presidente, também não deixou dúvidas:
– Isso ficou claro hoje.
Já FHC preferiu desconversar.
– Não, não, a campanha é para a presidência do partido.
Chamando Serra de “dileto amigo”, FHC explicou a ausência do candidato derrotado à Presidência da República, em 2010. Disse que ele viajou aos Estados Unidos, onde participará de uma homenagem ao economista Albert Hirschman, morto em dezembro.
– Eu me sinto representado por ele lá, e espero que ele se sinta representado por mim aqui – acrescentou.
Embora os cardeais tucanos neguem a intenção de Serra deixar o PSDB, rumo ao PPS, ou até mesmo um novo partido, pelo qual disputaria a eleição para o governo de São Paulo em 2014, pesa a dúvida quanto à permanência do ex-governador paulista na legenda.
– É absolutamente delirante essa informação (de que Serra deixará o partido). Essa é a primeira vez que ouço isso, porque realmente seria impensável. Eu acho que não. Como Fernando Henrique disse hoje, ele se sente, aqui, representando o Serra – disse José Aníbal à emissora paulistana Rede Brasil Atual (RBA).
Panos quentes
Em seu discurso aos correligionários, o ex-governador de Minas se preocupou com a tentativa de aparar as várias arestas que o incomodam junto aos tucanos paulistas, onde ainda encontra resistências substantivas ao escanteio de Serra.
– Aqui foi que tudo começou. O PSDB do Brasil inteiro deve muito aos paulistas, às lideranças que aqui estão, a outras lideranças extraordinárias como Mário Covas e Franco Montoro, à liderança de José Serra – amainou.
Aécio acredita que o PSDB ingressará na campanha do ano que vem em busca “do início de um novo ciclo” e voltou a criticar o suposto “aparelhamento” da máquina pública no governo do PT, afirmando que irá substitui-lo pela “meritocracia”. Apesar do discurso recorrente dos tucanos, levantamento publicado há uma semana pelo jornal O Estado de S.Paulo mostra que o PSDB lidera em total de cargos de confiança (onde se daria o “aparelhamento) entre os governos estaduais. Aécio também voltou a falar em “ética” e “eficiência”. “O PSDB não tem sequer o direito de se negar a apresentar ao Brasil uma alternativa a esse modelo de governo que aí está, do ponto de vista ético, da eficiência, de uma visão mais moderna de país e de mundo.”
Também nesse ponto, dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que entre os anos 2000 e 2012 o PSDB é o terceiro partido com mais políticos cassados por corrupção (58), ficando atrás apenas do PMDB (66) e do DEM (69). O PT, alvo de Aécio, estava em 9º no ranking, com 10.
No discurso à militância, o senador e ex-governador mineiro voltou a atacar os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, chamando-os de “projeto de poder do vale-tudo” e protagonista do “mais perverso aparelhamento da máquina pública”. Segundo Aécio, “o maior programa de distribuição de renda não é o bolsa-família, é o Plano Real”. Esta foi a senha para, em Minas Gerais, parlamentares do PSDB voltarem a cobrar punição para os culpados pelo esquema de compra de pareceres técnicos em órgãos do governo federal, desvendado pela Polícia Federal, no ano passado.
Em nota, distribuída na manhã desta quarta-feira, o diretório mineiro do PSDB lembra que “quatro meses se passaram desde que a operação Porto Seguro foi deflagrada, mas poucos foram os resultados práticos. Os tucanos criticaram o silêncio de Dilma Rousseff e a omissão do ex-presidente Lula em relação à ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha. Ela é apontada como uma das principais responsáveis pelas irregularidades”.
“O caso veio à tona em 23 de novembro, após a PF desmontar o esquema no gabinete de Rosemary, considerada amiga pessoal de Lula. Naquele momento, seis pessoas foram presas e 24 afastadas. Desde então, pouca coisa avançou: todos os envolvidos estão soltos, a Justiça ainda estuda se receberá a denúncia do Ministério Público Federal e os órgãos prosseguem em lenta apuração do envolvimento de servidores. Lula se omitiu em relação à pupila e a própria nunca deu explicações sobre as acusações que a derrubaram do cargo”, conclui a nota.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Retratos e recheios







24/03/2013

Retratos e recheios



Com o governo Dilma pilotando 92% de aprovação entre ótimo e regular – constatado pelo Datafolha, mas omitido na primeira página do jornal de domingo –, o conservadorismo enfrenta dificuldades para explicitar o que quer com o Brasil.

Para fazer o que pretende, necessita parecer o que não é.

Daí o frisson que o nome de Eduardo Campos provoca nos seus representantes. Caso, por exemplo, dos correligionários do candidato da derrota conservadora, José Serra, e dele próprio.

Ademais de enfraquecer Aécio, enxerga-se em Campos um ‘cavalo de Tróia’ , capaz de conduzi-los ao poder, sem dar muito na vista.

A manobra requer sangue frio.

Ferir Aécio e fortalecer Campos aliando-se a ele, mas sem expô-lo demasiado para não alertar o eleitor, exige uma mistura difícil de estardalhaço e discrição.

A porta-voz de Serra lotada nas páginas do diário dos Frias tem se encarregado alegremente de sassaricar pelos salões cantarolando o novo bloco.

Diante dos primeiros relinchos da operação, a colunista classificou, neste domingo, como ‘lance genial’ a aproximação entre Serra e Campos – não por acaso noticiada por ela, em primeira mão, dois dias antes.

Especialista em ambiguidades, coube ao senador Jarbas Vasconcelos, o peemedebista mais tucano do país e principal porta-voz de Serra no Nordeste, colocar contrapesos na folia.

O senador oferece a Campos pilotar um eufemismo habilidoso, que, no entanto, encerra também a confissão de um limite: ‘dissidente’.

Vender o governador na feira dos votos como a costela boa que se descolou de um corpo exaurido é a receita prescrita pelo principal embaixador do neto de Arraes na coleta das adesões.

‘Ele participou disso aí, reconhece que houve avanços, mas acha que poderia ter avançado muito mais’, pontificou no jornal ‘Valor’.

A dificuldade, ou o limite, começa aí.

‘Mais’ quando ecoado de certas goelas soa como menos.

A do senador está comprometida com preconceitos de beligerância destrutiva em relação ao Bolsa Família, por exemplo.

“É o maior programa oficial de compra de votos do mundo”, esgoelou, em 2009, o agora principal cabo eleitoral de Campos no Nordeste.

A região reúne 51% dos 13,6 milhões de famílias beneficiadas pelo programa.

A declaração do senador foi dada então à revista à ‘Veja’, como parte de um esforço para se credenciar como vice de Serra na disputa presidencial perdida pelo tucano em 2010.

O trecho de sua entrevista:

“O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo. Há um benefício imediato e uma consequência futura nefasta, pois o programa não tem compromisso com a educação, com a qualificação, com a formação de quadros para o trabalho. Em algumas regiões de Pernambuco, como a Zona da Mata e o agreste, já há uma grande carência de mão-de-obra. Famílias com dois ou três beneficiados pelo programa deixam o trabalho de lado, preferem viver de assistencialismo. Há um restaurante que eu frequento há mais de trinta anos no bairro de Brasília Teimosa, no Recife. Na semana passada cheguei lá e não encontrei o garçom que sempre me atendeu. Perguntei ao gerente e descobri que ele conseguiu uma bolsa para ele e outra para o filho e desistiu de trabalhar’.

“Esse é um retrato do Bolsa Família”, sentenciou Jarbas Vasconcelos.

E esse é um recheio que fará de Campos algo mais próximo de um pastelão udenista, do que propriamente um Cavalo de Tróia demolidor, como sonham os conservadores.

Em tempo: ao contrário do que pontifica o senador, a frequência escolar das crianças e adolescentes de famílias beneficiadas pelo programa que ele fuzila é uma das condicionalidades da transferência do benefício. Na faixa entre 6 e 15 anos a frequência escolar mensal mínima requerida é de 85% da carga horária. No caso dos estudantes com idade entre 16 e 17 anos, o comparecimento mínimo é de 75%.

Cerca de 15,4 milhões de crianças e adolescentes estavam sendo acompanhados no ano passado. Delas, 14,7 milhões cumpriram a frequência mínima exigida pelo governo: cerca de 86% do total. Em 2011 a taxa havia sido de 85,9%. Pernambuco, por sinal, é um dos estados com um dos desempenhos mais elevados.

Postado por Saul Leblon às 19:38

sexta-feira, 22 de março de 2013

Por que a blogueira Yoani Sanchez não denuncia greve de fome que está acontecendo agora em Cuba?


BLOG DO MELLO




Posted: 21 Mar 2013 03:17 AM PDT
Prisioneiros em Cuba "estão em greve de fome há 43 dias em protesto contra o confisco de bens pessoais como fotografias, cartas e exemplares do Corão" ... e a blogueira Yoani Sanchez não dá uma palavra sobre o assunto. Por quê?

A "ONG Centro de Direitos Constitucionais, baseada em Nova York, afirma que a greve de fome já alcança 130 dos 166" detentos em Cuba... e a blogueira Yoani Sanchez não dá uma palavra sobre o assunto. Por quê?

O antropólogo Mark Mason, especialista em fatores culturais causadores de sofrimento humano, em entrevista à rede russa RT declarou: "Mais da metade deles está livre de acusações. Eles deveriam estar na rua, saírem da prisão hoje mesmo". No entanto, estão presos em Cuba, em greve de fome... e a blogueira Yoani Sanchez não dá uma palavra sobre o assunto. Por quê?

O mesmo antropólogo prosseguiu: “Eu não consigo descrever as condições horríveis, o tratamento e a humilhação que muitos desses detentos reportaram. Eles são obrigados a ficar em pé, sem roupas, em salas geladas por horas. Só isso já constitui estresse físico, é uma tortura psicológica indescritível”. E agora há a greve de fome... e a blogueira Yoani Sanchez não dá uma palavra sobre o assunto. Por quê?

Um dos prisioneiros relatou que “Eles realmente tentam de tudo para nos quebrar, incluindo tortura física e psicológica. Eu mesmo fui torturado com eletrochoques e waterboarding [simulação de afogamento]. Presenciei ainda crianças entre nove e 12 anos dentro dos campos. É muito difícil observar essas crianças sendo espancadas em minha frente”. Por isso muitos dos 133 detentos em Cuba estão em greve de fome desde o dia 6 de fevereiro... e a blogueira Yoani Sanchez não dá uma palavra sobre o assunto. Por quê?

Sabe por quê? Porque tudo isso está acontecendo na ilha de Cuba, mas não sob administração cubana. Tudo isso se passa na prisão de Guantánamo, na Base Naval dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo, sob responsabilidade dos Estados Unidos da América.

Por isso Yoani Sanchez não fala nada. Também as Damas de Blanco estão silentes.

Yoani Sanchez não fala nada, e mais uma vez deixa cair a máscara e mostra a serviço de quem se encontra.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Dilma cresce; mídia busca um ‘Capriles Nieto’ brasileiro








18/03/2013

Dilma cresce; mídia busca um ‘Capriles Nieto’ brasileiro

A restauração conservadora fareja frestas e flancos para romper o colar de governos de centro-esquerda que, nos últimos dez anos, estendeu suas contas formando um cinturão de políticas progressistas no interior da América Latina.

Vive-se, grosso modo, um interregno entre dois ciclos.

Um, que parece ter se completado com a consolidação de políticas sociais e salariais, que remodelaram a dinâmica da cidadania e do consumo em largas fronteiras da América Latina.

Em graus distintos, esse estirão foi favorecido pelo afrouxamento do gargalo externo, marcado por uma década de preços altos das commodities.

Não há automatismos na história.

Políticas deliberadas destinaram esse impulso ao resgate parcial de uma exclusão secular, aprofundada pela hegemonia livre mercadista dos anos 90.

A história regional registra outros ciclos de valorização de produtos primários sem contrapartida social equivalente.

O fôlego externo enfrenta agora o ar rarefeito da estagnação planetária escavada pela desordem neoliberal.

Abre-se um descompasso entre o fluxo da história e o das receitas.

A América Latina depende de investimentos pesados, que liguem o impulso original do consumo a uma inadiável adequação da oferta e da logística à escala ampliada da demanda e dos direitos.

O cinturão de governos progressistas debate-se para erguer os pilares dessa transição num ambiente internacional que deixou de favorecê-lo.

A queda de braço para destravar o novo ciclo é a linguagem cifrada através da qual o aparato conservador põe a campanha na rua, enquanto busca o porta-estandarte capaz de encabeça-la.

Nessa corrida contra o tempo afloram os Enriques Peña Nieto, os Henrique Capriles, os Aécios e Eduardos Campos.

Não são feitos da mesma argila, sublinhe-se.

Mas se prestam como gargantas do mesmo sopro, sendo notável a semelhança entre o que dizem e o prometem.

A saber:

a)‘Manter o que deu certo’: ninguém, nem Capriles, nega os avanços sociais da última década; explicitamente não se vocaliza a intenção de revogar políticas e programas que resgataram milhões de pessoas da pobreza e da miséria na região;

b) ‘Dá para fazer mais’: a platitude, aparentemente ingênua, interliga Capriles a Campos, por exemplo. Repita-se, não são argila do mesmo rio. Emparedados pelos inegáveis trunfos dos que pretendem substituir, porém, apresentam-se como capazes de superá-los, sem contradizê-los naquilo que se tornou quase irreversível;

c) Mais liberdade para o mercado agir: Enrique Peña Nieto, presidente mexicano recém-eleito, um misto de Collor com Aécio, com sorriso fixo dirigido permanentemente à plutocracia, como Campos, é o que explicita de forma mais assumida o projeto conservador em gestação.

d) ‘Retomar as reformas’ : num ambiente desgastado pela incapacidade progressista de se unir em um projeto convincente para a sociedade, o engomadinho mexicano – jovem na aparência—ganha espaço para resgatar velhas bandeiras. O óbvio reiterado mais uma vez na sua ascensão: o neoliberalismo colapsado extrai sobrevida da ausência de projeto e lideranças críveis, à esquerda.

e) ‘Um novo acordo político’: nesse interregno em que o velho nada tem a inovar, mas o novo se mostra desprovido de liderança consistente, Peña Nieto transita com desenvoltura mórbida. Empurra uma a uma as reformas regressivas na goela de uma sociedade exausta, cujo sistema político desmoralizado lhe deu carta branca para agir.

Em que direção?

A reforma trabalhista mexicana flexibiliza direitos, legaliza contratos temporários, barateia demissões.

A da energia tem abrangência pomposa, mas objetivo específico: privatizar a Pemex, a Petrobras mexicana. Tudo em nome da pátria –a exemplo do nacionalismo tardio de Aécio.

O idioma dominante é a língua dos acionistas. Bolsas e bolsos estão sequiosos por um desmonte que reduza investimentos e engorde a rubrica dos lucros nos balancetes; loteie reservas de petróleo; gere mais sobras a serem distribuídas.

Os pregões borbulham em sinal de gratidão. A mídia 'especializada' urbi et orbi sanciona a receita e com ela açoita os governantes infiéis.

O México se oferece como a meca da restauração neoliberal.

Já tivemos paradigmas em melhor situação.

Cerca de 2/3 dos 2.500 municípios mexicanos estão dominados por gangues sanguinárias do circuito drogas/crimes.

É a herança mais ilustrativa de décadas de governantes e políticas das quais Peña Nieto é um protagonista agressivo, mas equipado com sorriso 24 horas e cabelos impecavelmente lustrados à mousse.

O golpe mais flamejante desse manequim do neoliberalismo recosturado reúne ingredientes ao gosto dos savonarolas .

A prisão de uma liderança sindical corrupta, decana do professorado mexicano, franqueou-lhe os atabaques da mídia para sapatear sobre as organizações dos trabalhadores. Leia-se: afastar a influência sindical e dos movimentos populares na formulação das políticas setoriais.

A desfrutável sofreguidão com que protagonistas desse mesmo enredo se oferecem à mídia e à plutocracia no caso brasileiro não deve levar a erros de avaliação.

A temporada de caça à Dilma, insista-se, não reflete apenas apetites menores.

As respostas às arremetidas conservadoras terão pouca eficácia se ficarem restritas a aspectos do caráter de seus portadores.

Um ciclo econômico envia sinais de exaustão.

O novo que pede para nascer dificilmente vingará se depender exclusivamente da compreensão dos mercados e da grandeza patriótica dos investidores privados.

Cortejado, o dinheiro graúdo inaugurou a temporada do 'vamos ver quem dá mais'.

A campanha conservadora instalou seu pé de palanque ostensivo no noticiário econômico.

Dia sim, dia não, ele aciona o bordão: o capital privado "não sente mais segurança" para investir no país , tantas são as medidas do governo (a maioria, diga-se, de incentivo ao próprio).

Pesquisas divulgadas nesta 3ª feira mostram recorde de aprovação ao governo. A leitura do aparato conservador será apertar ainda mais as turquesas.

Não cabe ilusão, eles vão radicalizar.

Cozinha-se o governo Dilma, por enquanto, no banho-maria do desgaste capcioso.

Ademais dos esforços para atrair investidores aos projetos prioritários, o governo e seu lastro de forças progressistas só renovarão a confiança da sociedade na sua liderança em 2014 se, de fato, se mostrarem capazes de exercê-la.

O dinheiro de que o país necessita para investir existe. Fundos de investimentos estocam mais de R$ 500 bilhões, para citar uma das gavetas do cofre forte.

A poupança deve servir à sociedade.

Cabe ao Estado induzir a migração do dinheiro ocioso em investimento produtivo, o que requer uma estratégia firme, ancorada no indispensável lastro político. (Leia nesta pág. a reportagem 'Os ultramultimilionários')

Se hesitar ou se acanhar, se renunciar, enfim, ao papel indutor, deixará aberto o espaço para aqueles que deveriam ser conduzidos conduzirem. E escolherem um porta-voz.

Diferentes versões de ‘Capriles Nietos’ já se posicionam sorridentes na gondola pré-eleitoral. Ofertam-se à degustação de um 'Brasil melhor'

É só escolher e colocar no carrinho.

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*Obs: nota atualizada dia 19/03, às 13h30.
Postado por Saul Leblon às 20:58

terça-feira, 19 de março de 2013

Facebook CENSURA divulgação dos ERROS do STF na AP470




Megacidadania



Posted: 18 Mar 2013 12:21 PM PDT
CENSURA no facebook 18 03
O Blog MEGACIDADANIA utiliza as redes sociais para levar ao conhecimento do distinto público, a íntegra dos documentos da própria AP470 e que foram "ocultados" pela PGR/MPF e pelo JB.
Nas últimas semanas, no facebook, estamos encontrando "dificuldades"  - NUNCA ANTES EXISTENTES - para pulgar tais documentos.
persos amigos que nos auxiliam também estão enfrentando as mesmas "dificuldades".
Solicitamos que nos auxiliem visitando as páginas:
PRIVATARIA TUCANA É A MAIOR
Nestes espaços estamos pulgando os documentos que o relator Joaquim Barbosa e a PGR/MPF "esqueceram" de considerar no julgamento da AP470.
COMPARTILHAR a verdade é o segredo de nossa FORÇA !